O que podemos aprender com este ano de isolamento social

Parei para refletir sobre este ano e a primeira vista é um ano terrível. São mais de 670 mil mortes no mundo, são mais de 90 mil mortes só no Brasil. O medo e a incerteza do amanhã nos cercando e podando nossos sonhos. Muitos aniversários suspensos, muitos nascimentos que não foram comemorados, muito "Adeus" que não foi dado. Um ano realmente suspenso, sem perspectivas.

Por outro lado, pelo meu lado otimista, que está sufocado em tanta dor e medo, consigo ver coisas boas. São poucas coisas, mas são realmente boas. Vejo famílias mais unidas, brincando juntas, estudando juntas, convivendo mais. Vejo jovens mais caseiros, longe da violência. Vejo netos sentindo saudade dos avós e ligando com mais frequência, apenas para saber como está.

O mundo está mudando, espero que a mudança resista e que as pessoas se conscientizem que cuidar do outro é uma extensão do cuidar 'de mim mesmo'. Juntos somos mais fortes, juntos passaremos por tudo isso. Não recuperaremos os que se foram, não traremos de volta os que não estão mais aqui, mas amaremos os que ficaram com mais zelo e cuidado.

A Terra está se regenerando, respirando e se refazendo. Nós estamos nos curando. Aprendendo o que realmente importa na vida, o que realmente tem valor: Respirar livremente (sem o empecilho de uma máscara), abraçar as pessoas que amamos, ir aos parques, caminhar na beira da praia, conversar com os amigos, tomar um chimarrão com eles, ficar junto, visitar os parentes, caminhar pela rua.

Logo estaremos livres, logo a cura ou a vacina chegam. Mas não nos esqueçamos do que realmente importa e não deixemos que todas estas vidas tenham sido perdidas em vão. Vamos abraçar mais, cuidar de quem amamos mais, cuidar do nosso planeta.

Juntos estaremos mais fortes. Fiquem em casa.