Silicone em adolescente só depois da maturação endócrina, entenda

A cada dia vemos mais mulheres jovens e adolescentes fazendo cirurgias plásticas, uma das mais procuradas é o aumento dos seios. Isso me acende um alerta como mãe: adolescente deve ou pode fazer uma cirurgia tão decisiva assim?

Todos já passamos por esta fase e sabemos que a insatisfação com o corpo é grande, seios pequenos, bumbum pequeno, barriguinha saliente, tudo é motivo para se olhar no espelho e querer mudar.

Isso não é muito diferente na fase adulta, mas quando somos adolescentes o corpo está em constante mudança e é aí que mora o perigo.

O que os especialistas dizem

Segundo o cirurgião plástico Dr. Marco Cassol, de São Paulo, muitas adolescentes procuram seu consultório para, principalmente, aumentar os seios. Ele diz que a cirurgia é permitida, se houver permissão dos pais e se a adolescente já tiver passado pela maturação endócrina. “Esse amadurecimento acontece quatro anos depois da menarca, a primeira menstruação. Como a mama é uma glândula endócrina do corpo que responde aos hormônios, é preciso esperar esse tempo mínimo para ver qual será o verdadeiro tamanho dos seios da moça”, explica o médico.

Outro ponto importante que o médico salienta é a responsabilidade do cirurgião na hora de uma decisão, pois o mesmo deve ter o bom senso na hora em que a jovem escolher o tamanho das próteses.

Ele salienta ainda que a insatisfação com o próprio corpo pode gerar problemas emocionais como ansiedade, pânico e depressão. Por este motivo, muitas adolescentes se rendem a cirurgia estética para corrigir o que julgam ser defeitos no próprio.

Um alerta importante
Os pais devem escutar o cirurgião plástico nesta hora e façam com que a adolescente aceite alguns limites. “Elas chegam ao consultório com mamas muito pequenas e, às vezes, não tem pele suficiente para colocação de uma prótese grande, mas querem uma prótese de 400 ml para realizar a fantasia de que vão se sentir mais mulher com uma mama maior. Não dá! Tem que ser uma prótese menor para respeitar o tamanho do tórax da paciente e a quantidade de pele. Talvez no futuro seja possível trocar por outra. Próteses muito grandes podem cair com o tempo e a pele pode distender, formando estrias que serão marcas permanentes depois”, conclui Dr. Marco Cassol.