Eu sou contra o aborto, Eu sou contra o estupro

Sempre fui contra o aborto. Sempre levantei a bandeira da vida em primeiro lugar. Não aceito o assassinato de um inocente, por mais que a mãe não tenha como criar ou não deseje ter a criança.  Sempre pensei que a mulher tem que evitar se não quer ter filhos e não descartá-lo com um lixo, assassinar um inocente.

Pois bem, está semana revi os meus conceitos. Acredito que cada situação deve ser analisada e aí sim ser tomada uma decisão.  Quando levantamos a bandeira contra o aborto devemos pensar nas vítimas de estupro como a menina de 10 anos, que foi violada, arrancada da sua infância e engravidou de um tio. Devemos pensar nas duas crianças,  uma que será mãe,  sem ter corpo e cabeça para isso, na outra que carregará a cruz de ser fruto de uma violência sem tamanho.

Nesse caso, especificamente, sou favorável ao aborto e acho que deve ser feito logo. Uma criança não tem estrutura física para levar adiante um gestação.  Mulheres muito pequena já tem dificuldade. Ela não tem estrutura emocional para ser mãe do filho de seu agressor.

Eu sou contra o aborto, sempre achei que o inocente, que não pediu para ser gerado deve ser poupado, deve ser dado em adoção. Mas nesse caso, onde uma criança pode morrer para colocar outra no mundo, eu sou a favor. Nunca quis ser a favor do aborto, nunca deixaria matar um ser inocente no meu ventre, mas essa criança também é um ser inocente. Ela não engravidou porque quis, ela não decidiu ter relações e esqueceu de se prevenir,  ela não esqueceu de tomar o anticoncepcional, ela não teve uma noite de amor casual. Ela foi abusada, violada, ela merece crescer primeiro para decidir ser mãe.

Eu continuo contra o aborto.