Gravidez depois dos 40, quais os riscos à saúde?

Hoje, eu queria falar sobre gravidez e qual a idade ideal para engravidar. Por incrível que pareça, nós, as mulheres, temos “data de validade” para engravidar. Quando fui na ginecologista a primeira vez, aos quatorze anos, ela me disse que a idade ideal para ter uma gestação era depois dos dezoito anos, pois dessa forma, nosso organismo já estaria “preparado” para receber um bebê. Mas qual a idade limite para engravidar? As mulheres em geral, entram na menopausa dos 45 aos 55 anos. Então temos, em média, de 27 à 37 anos para nos tornarmos mães.

Gravidez depois dos 40, quais os riscos à saude?

Mas a cada dia que passa, as mulheres estão adiando mais o sonho de ser mãe. Isso se dá pela necessidade de progredir profissionalmente e alcançar seus objetivos pessoais, antes de se dedicar a maternidade. Isso ocorre principalmente com as mulheres de classe social média e alta, que optam por ter filhos quando já estão com sua vida profissional em ordem e a vida financeira estável, isso se dá geralmente, dos 30 a 40 anos, chegando próxima a nossa data limite.

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Lembrando que nós nascemos com uma quantia de óvulos X e que vamos eliminando durante a vida, sem reposição natural, quanto mais tarde decidimos pela gravidez, mais difícil fica engravidar. Além dessa dificuldade, engravidar depois dos 40 anos pode trazer riscos para a saúde da mãe e do bebê, e os cuidados devem ser redobrados.

Principal desafio

A principal dificuldade, sem dúvida nenhuma, é a de engravidar. Como já falamos acima, a quantia de óvulos diminui muito, principalmente depois dos 35 anos. Além da quantidade, as mulheres perdem qualidade nos óvulos também, pois as células germinativas envelhecem junto com a mulher.

Além de ser difícil engravidar, as chances de complicações são maiores, tais como abortos e doenças genéticas. As mulheres, acima dos 35 anos podem apresentar doenças ginecológicas (infecções pélvicas, miomas, endometriose), essas enfermidades aumentam com a idade, e isso diminui a fertilidade.

Riscos de saúde para mãe e bebê

Essas complicações não tornam a gestação acima dos 40 impossível, apenas a gestante deve ter um maior cuidado e caprichar no pré-natal, pois, o diagnóstico precoce pode controlar problemas futuros. A diabete gestacional, uma doença comum nas gestantes, pode ser controlada apenas com dieta, sendo controlada. Mas pode ocorrer complicações, se a gestante não for diagnosticada a tempo, levando a mãe ser obrigada a tomar insulina. Uma das particularidades desta doença, são os bebês GIG (grandes para idade gestacional), que podem causar um quadro hipoglicêmico, que podem fazer que o bebê fique internado na neonatal.

A hipertensão é uma das complicações mais “complicadas”, pois mulheres com pressão alta, podem ter pré-eclampsia e a eclampsia. Isso pode levar ao nascimento prematuro e o baixo peso, motivo que também pode levar o bebê para UTI Neonatal. Mas o fato mais grave dessa complicação é a probabilidade de morte da mãe.

Algumas síndromes também são mais comuns em filhos de mães tardias. Isso não significa que mães jovens estejam “livres” dessas síndromes, apenas que as mais velhas, tem maior risco. Uma das principais é a Síndrome de Down, que é uma alteração cromossômica. Isso ocorre por causa do envelhecimento dos óvulos, pois os óvulos envelhecem junto com a mulher.

Em geral, as mulheres acima dos 40 anos, tem maior chance de terem bebês prematuros, essa complicação pode trazer diversas consequências para o bebê, tais como: sequelas, problemas respiratórios, alterações intestinais, hemorragias cerebrais, problemas de visão, entre outras.

Hora do parto 

A hora do parto é uma preocupação para todas as gestantes, não importa muito a idade nessa hora, assim como qualquer mulher, a avaliação do médico será importante nessa hora. Em caso de mães acima dos 40, geralmente o obstetra pede avaliação cardíaca para tomar a decisão se será um parto normal ou cesárea. Não é a idade da mãe que irá definir o tipo de parto, mas as condições da saúde da mãe e do bebê.

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